Durante os 25 anos em que Wilson Barros foi presidente do Sapão, o clube viveu sua época dourada, com grandes conquistas, elenco vitorioso, aumento patrimonial, arrecadações milionárias e administração impecável.
Grandes Contratações
Carlos Alberto Seixas, centroavante foi o primeiro, além de Silvinho, Carioca, Leto, Válber, Rivaldo, Cleber, Luiz Mário, Paulão, Dênis Marques, Neto Baiano, Alex, Robinho, Marcelo Batatais, Misso, Beijóca, Branco, Chicão, Capone.
Venda de jogadores
No período de 1988 a 2005, numerosos jogadores foram vendidos pelo Mogi Mirim Esporte Clube, que arrecadou com essas transações cerca de 16 milhões de dólares, verdadeira fortuna à época, atualmente equivalente a mais de 80 milhões de reais! O Palmeiras, através da Parmalat, comprou Rivaldo por 2 milhões e 300 mil dólares, a maior transação até então do futebol brasileiro.
O atacante Cleber foi vendido para o Mérida, da Espanha, por 1 milhão e 500 mil dólares. Mas o Mogi só recebeu 900 mil dólares, pois o Mérida da Espanha faliu. Misso foi vendido ao Botafogo carioca por 600 mil dólares, Luiz Mário foi vendido ao Corinthians por 800 mil dólares e Paulão ao São Paulo por 700 mil dólares, o centroavante Alex por 900 mil dólares para o Monarcas Morelia, do México.
Cerca de 6 milhões de dólares foram arrecadados pelo Mogi com a venda dos jogadores Marcelo Batatais para o Cruzeiro, Denis Marques para o Kuwait Sporting, do Kuwait, Neto Baiano para o Hyundai, da Coréia do Sul, o volante Diguinho para o Botafogo carioca, o centroavante Anderson para a Turquia, o atacante Dinei para a Coréia do Sul, o lateral direito Edson Ramos para o AEK, da Grécia. Outras vendas de jogadores ocorreram sendo que a última mais valiosa foi a de Robinho para o Santos, por 1 milhão e 200 mil dólares. Nessa época destacou-se o técnico Vadão e seu Carrossel Caipira.
Com o surgimento da Lei Pelé e que acabou com a Lei do Passe, os clubes brasileiros acabaram com sua maior fonte de renda – as vendas de jogadores, e as quais passaram a ser feitas com contratos entre jogadores e empresários. Todos os clubes sofreram duramente com a Lei Pelé.
Acréscimo Patrimonial
O presidente Wilson Barros soube aproveitar o dinheiro obtido com a venda de jogadores pelo clube, aumentando o patrimônio físico do Sapão, com acréscimo de 5.000 lugares nas arquibancadas, reforma dos vestiários, compra de 12 apartamentos no Edifício Lorenzetti, três ônibus novos para o transporte dos jogadores e comissão técnica, dois Centros de Treinamentos e outros melhoramentos. Com o falecimento de Wilson Barros, em 2008, foi sucedido por duas novas diretorias, que dilapidaram o patrimônio e rebaixaram o Mogi para a Série D, com desespero dos torcedores mogimirianos e com o Estádio Vail Chaves podendo ser leiloado para pagamento de dívidas. O saudoso Wilson deve estar chorando de tristeza!!!
FOTO DA CAPA
Arquibancadas do Mogi Mirim Esporte Clube em 1952, notando-se em primeiro plano os antigos gradís de madeira e ao fundo os eucaliptos que sombreavam o Estádio Vail Chaves. Na época, o presidente do Mogi era Nagib Chaib, um entusiasta do futebol mogimiriano e um abnegado que sustentava o time com seu dinheiro e sua paixão pelo esporte.
Na época, o Mogi Mirim Esporte Clube foi vice-campeão do interior, perdendo a final para a Ponte Preta de Campinas, em partida realizada na Rua Javari, campo do Juventus, em São Paulo, por 4 a 1.