O número de vagas para o estacionamento rotativo em ruas e avenidas da região central de Mogi Mirim, a popular Zona Azul, será ampliado em relação à antiga concessionária responsável pelo serviço. Em participação na Tribuna Livre da Câmara Municipal, na última segunda-feira, a cúpula da secretaria de Mobilidade Urbana, já comandada por Fábio de Jesus Mota, informou que para esta etapa inicial estão previstas 994 vagas para carros e outras 476 para motocicletas, que estarão isentas de pagamento desde que estacionadas em locais voltados exclusivamente para este tipo de veículo.
O número é bem maior se comparado ao divulgado nos primeiros dias de setembro, quando a Prefeitura anunciou 500 vagas para carros. A novidade fica por conta da Rua Maestro Azevedo, em frente à Santa Casa de Misericórdia, que não terá mais cobrança da Zona Azul, reivindicação antiga de visitantes do hospital.
Do montante estabelecido, 5% será destinado para idosos e outros 3% para deficientes físicos. A Prefeitura irá abocanhar 46% de toda a arrecadação obtida pelo sistema. A Central Park, empresa responsável pela operação, pode dar início na próxima semana a uma campanha educativa aos usuários do sistema por todos os 27 trechos de cobrança. O trabalho de orientação deverá persistir de três semanas a 30 dias, quando a cobrança efetiva entrará em vigor, o que deve acontecer entre o final de outubro e o início de novembro.

Nas últimas semanas, a Prefeitura promove a pintura de vagas em todas as localidades do Centro, bem como a sinalização, enquanto a empresa efetua a instalação de placas sobre os horários de funcionamento do sistema, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados, das 9h às 13h. Aos domingos e feriados, a Zona Azul não será cobrada.
Serão cerca de 15 funcionários da empresa circulando por todos os pontos de ocupação, segundo informado na Câmara, todos devidamente uniformizados, tanto no período de orientação como com a cobrança em vigor.

Como vai funcionar?
Não serão mais utilizados os tradicionais parquímetros para o estacionamento, com um sistema que mira a tecnologia e a facilidade aos usuários. Existirão três tipos de recarga: por meio de um aplicativo via smartphone, em pontos de venda, através de um monitor, com opções de pagamento tanto no débito como no crédito, e ainda com fiscais da empresa, que circularão pelo Centro.
Para baixar o aplicativo, a Central Park disponibilizará o cadastro dos usuários em um site, o que deverá ser divulgado nos próximos dias. Após registrar os dados pessoais e com o aplicativo instalado no celular, o motorista terá que fornecer a placa do veículo. No momento da recarga, bastará optar pelo tempo de parada escolhido e a melhor forma de pagamento, com o custo mínimo do crédito de R$ 10. A empresa ainda não informou como será o resgate dos créditos não utilizados.
Segundo informado na segunda-feira, os motoristas serão informados, via aplicativo, sobre o tempo restante para o estouro do período adquirido em cada vaga. Quem não utilizar o aplicativo, poderá efetuar a compra nos pontos de venda e consultar, de forma manual, o horário de início de parada, tendo ciência de quanto tempo falta para o fim do período. Neste caso, a atenção será fator primordial.
A Secretaria de Mobilidade estuda junto à Central Park um prazo de tolerância para cada motorista quando esgotar o tempo de parada.
Multa?
A notificação para quem estacionar e não carregar os créditos necessários para a vaga, podendo acarretar o pagamento de uma multa, prática adotada nos últimos anos na cidade, e sempre responsável por causar inúmeras reclamações dos usuários, ainda passará por análise. Fábio Mota explicou que a empresa apresentou pareceres com entendimentos jurídicos a favor e contra a cobrança. Uma decisão pode ser definida em reunião na próxima semana, entre técnicos da Central Park e da secretaria municipal, a fim se de checar a viabilidade da notificação.

Entretanto, Fábio pediu compreensão dos usuários e que é hora de se respeitar as regras de trânsito. “O motorista tem que respeitar o Código de Trânsito, infelizmente tem que mexer no bolso para aprender”, alertou.
Valores
A cada 30 minutos, o motorista pagará o valor de R$ 1. Para 1 hora, o preço será de R$ 2 e R$ 4 para um período de 2 horas. Se o usuário optar pela utilização de cartões, será mantida a proporcionalidade de custos, com a disponibilidade de carga ou recarga mínima de 10 horas no valor de R$ 20.