A ansiedade é um transtorno psicológico muito comum, tornando-se ainda mais presente na sociedade brasileira após a pandemia. Infelizmente, ainda existem pessoas ignorantes e com a mente fechada para a realidade que julgam a ansiedade e a depressão como “frescura”. Não, não é. É sempre melhor levar o quadro a sério e oferecer o máximo possível de ajuda. Altruísmo nunca faz mal a ninguém. Porém, nos momentos em que alguém que conhecemos tem uma crise, é comum nos perguntarmos: como ajudá-la? Trazemos aqui algumas dicas para você estar melhor preparado para esta situação. (Com informações do Viva Bem)
1 – A respiração é muito importante nesse momento, mas, muitas vezes, enquanto imersa na crise, a pessoa não consegue respirar lentamente a fim de reestabelecer a calma. Façam isso juntos! Algumas técnicas, como o relaxamento progressivo e a contagem de sete segundos são opções. Na primeira, você pode solicitar que o indivíduo contraia e relaxe os grupos musculares do seu corpo por três segundos alternadamente enquanto respira; na segunda, a proposta é inspirar e segurar a respiração por sete segundos: expire até o seu limite, inspire contando até quatro e segure a respiração por mais três segundos.
2 – O sujeito que vivencia uma crise já está sob pressão e não necessita de atitudes hostis que reforcem esse sentimento. Pelo contrário, isso pode provocar ainda mais medo, sensação de impotência, de incompreensão e abandono.
3 – O ato de segurar as mãos e tocar a pessoa delicadamente demonstra uma presença real, de quem está verdadeiramente ali para oferecer ajuda.
4 – Além de todas as sensações resultantes da crise, o ansioso pode ter vergonha de dividir o que está pensando. Mesmo assim, perguntar se ele tem algo a dizer. Oferecer uma escuta ativa e que não minimize o seu sofrimento é o caminho ideal. Frases como “vai passar”, “não se preocupe”, “não sei por que você está assim” só pioram o quadro.
5 – Buscar na memória lembranças boas que vocês têm juntos e contar uma história que prenda a atenção também é uma alternativa, desde que haja intimidade para isso. Porém, é preciso se atentar para não desqualificar o momento de ansiedade. Se não houver receptividade, a recomendação é parar.
6 – Deixe o ambiente em que a crise começou e convide a pessoa a fazer uma caminhada, sempre atentos à respiração.
7 – Nas situações de crise, não é correto falar de religião para quem não tem uma, assim como é importante respeitar a fé de quem acredita em algo. Os transtornos mentais não estão associados a questões religiosas e não devem ser. São casos de saúde pública e precisam ser tratados como tal, com respaldo científico.
8 – Não ofereça bebidas alcoólicas. Fazendo isso, é possível que o ansioso relacione o álcool a uma possibilidade de fuga, o que, mais tarde, pode resultar até mesmo em alcoolismo. A dica também vale para qualquer outro tipo de droga lícita ou ilícita.
9 – Controle a exposição a riscos Se alguém está vivendo um momento crise, o melhor a se fazer é protegê-lo. Por exemplo: durante uma festa, tente conduzir o indivíduo a um lugar reservado, em vez de deixá-lo exposto a opiniões e julgamentos alheios.
10 – Existe a impressão errada de que este ou aquele calmante é adequado para todos, do tipo “se faz bem para mim, também vai fazer para essa pessoa”. No entanto, não é assim que funciona. Toda medicação precisa ter acompanhamento profissional, especialmente do psiquiatra.