Patryck Lanza fez história ao alcançar a Seleção. Se tornou o primeiro mogimiriano a defender a camisa nacional independente da categoria. Mas, a relação entre a cidade e o selecionado nacional não fica por aí. Muita gente que passou pela cidade ou que fincou raízes por aqui também teve a honra de vestir a camisa verde e amarela. Sabará foi o primeiro deles. Nascido em Atibaia em 1931, Onofre Anacleto de Souza vestiu a camisa do Mogi Mirim em 1949. Morava na cidade e foi chamado para compor o time vermelhinho que venceu o Vasco da Gama em amistoso, por 3 a 2, um dos maiores triunfos da história do Sapão.
LEIA TAMBÉM
Patryck Lanza e um nato título mundial para Mogi Mirim
Terminado o jogo, chegou a fugir do estádio Vail Chaves até a sua casa para escapar de dirigentes do Vasco, que ficaram interessados em seu futebol. Sabará acabou indo para a Ponte Preta e, anos depois, chegou ao Vasco, se tornando um dos principais nomes do time carioca na década de 1950. Foi convocado para a Seleção oito vezes e marcou um gol.
O ex-goleiro Moacir Genuário possui relação ainda mais estreita com a cidade. Nascido em São João da Boa Vista, em 1954, se mudou com a família para Mogi Mirim ainda jovem e no outono de 1970, resolveu fazer um teste na Ponte Preta, de Campinas. Aprovado, iniciou trajetória vitoriosa no Moisés Lucarelli, sendo convocado, em 1973, para o Torneio de Cannes, espécie de Mundial Sub20 da época, sagrando-se campeão da competição pelo Brasil.
A passagem pela Seleção deu crédito para vencer a concorrência com o também goleiro Carlos no gol pontepretano, deixando o Majestoso apenas em 1976, quando rumou para a Portuguesa. Defendeu outras tantas camisas do futebol nacional, incluindo a do Sapão. Atualmente é vereador em Mogi Mirim.
Há ainda nomes que chegaram à Seleção após passagens importantes pelo time vermelho e branco. Rivaldo é o caso mais icônico. Oriundo do Santa Cruz-PE, chegou ao Mogi em 1992 e fez parte do Carrossel Caipira, o time mais representativo da história do clube. Na Seleção, iniciou a trajetória em 1996 e alcançou o auge em 2002, com o título da Copa do Mundo.
Outro destaque do Carrossel que chegou à Seleção foi Válber. O meia terminou como artilheiro do Paulista de 1992, com 17 gols, e foi contratado pelo Corinthians. Em novembro de 1993, foi convocado por Carlos Alberto Parreira para um amistoso contra a Alemanha. Foi seu único jogo pelo Brasil. A cidade ainda recebeu atletas já consagrados após passagens pela Seleção, como o ex-volante Chicão, o ex-lateral-esquerdo Branco e o ex-atacante Paulo Nunes.