sábado, setembro 7, 2024
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A única guerra deve ser pela paz

Não está tudo bem por aqui. Temos inúmeros problemas em nossa casa, seja quando falamos a nível de cidade, estado ou país. Faz parte do jogo de uma nação que foi vítima da gana colonialista, com suas riquezas sugadas de bandeirantes a fidalgos, passando, claro, pelo alto escalão de uma monarquia que se sustentou de escravagismo, abusos e extração de bens que pertenciam aos povos originários desta terra.

É sempre fundamental falarmos de tudo o que ocorre por aqui, em nossa terra, inclusive as coisas boas. Até mesmo porque estamos perto de mais um aniversário, agora, de 254 anos. Porém, nesta semana, beira o impossível não falar sobre guerra. Estamos testemunhando ataques desumanos na Palestina e em Israel. E, como tudo aqui no Brasil virou um “Fla-Flu”, há quem esteja com a bandeira de um dos lados tremulando, com argumentos de todas as espécies, sobretudo, no território em que todo gatinho ladra: a internet.

Fato é que, em guerras, não há mocinhos. Volte na história e fale sobre qual for: dos 100 anos, dos Farrapos, dos Malês ou entre as “Coréias”. No Vietnã, Iraque ou Afeganistão, passando pelas mais famosas, as duas “Grandes Guerras Mundiais”. Todas giram em torno de conquista de poder. Sobretudo entre homens, naquele giro patriarcal que tanto fez mal à humanidade, em gestos que dão a sensação de que, por um conflito de hormônios, de exibir para outros machos que são mais fortes, derramam sangue de inocentes.

É assim há séculos na área em que hoje estão Israel e Palestina. E não importa a religião dos dois lados, as crenças e tudo mais. O fato é que há crianças morrendo. Jovens e idosos. Mulheres. Médicos, pedreiros e garçons. Humanos, como nós, morrendo por causa de uma guerra. Porque poucos poderosos, sejam eles detentores deste poder por conta de eleições ou violência, seguem achando que está tudo bem bombardear um lado tratado como inimigo.

É impossível olhar para qualquer país ou grupo armado que ataca outros humanos sem ter a convicção de que são assassinos. Não há “carta branca” que faça uma pessoa que bombardeia outra não ser uma assassina. E, em ataques em massa, terroristas. O Brasil, como presidente momentâneo do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), tem a obrigação de intervir a favor da paz. Assim como tem sido a atual posição em relação à guerra entre Ucrânia e Rússia, a única solução aceitável em meio a mortes é a paz.

A única coisa que deve nos mover quanto aos bárbaros ataques na Faixa de Gaza ou em qualquer outro lugar em que inocentes estão sendo mortos é a paz. A única guerra pela qual devemos sempre lutar é pela paz. E não adianta vir com o papo de que, para se atingir a paz, é necessária a violência. Essa é a desculpa de quem tem tara pela morte.

De quem se excita com o terror, com o poder através de sangue derramado. Que, muito em breve, esse conflito siga o caminho contrário do que parece, o caminho de um conflito encerrado imediatamente e não postergado como sempre costuma ocorrer, tornando as mortes de ambos os lados meros números no noticiário. Que reine a paz seja onde for!

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