Dando continuidade à coluna iniciada na semana passada, trago aqui outras das diversas expressões idiomáticas e que praticamente estão em desuso, mas que fazem parte de antigas tradições de Mogi Mirim.
BICHO CARPINTEIRO
O besouro ou escaravelho é um inseto roedor de madeiras podres ou de troncos de árvore, dedicando muitas horas do dia nesse hábito. Por esse motivo, é chamado de “bicho carpinteiro”. Quando se diz que uma pessoa tem “bicho carpinteiro” é porque ela nunca para quieta, sendo extremamente agitada, como se estivesse sendo roída por um besouro. Minha avó costumava usar essa expressão: “Esse menino tem bicho carpinteiro”.
ABRAÇO DE TAMANDUÁ
O tamanduá, grande comedor de cupins e formigas e que vive nas matas e campos brasileiros, para se defender, costuma abrir os braços num ato que parece gentil à primeira a vista, mas que, na realidade, acaba comprimindo o inimigo e cravando suas grandes e poderosas unhas nas costas. O povo costuma dizer que quando alguém é abraçado por um amigo falso, recebe um “abraço de tamanduá”.
TCHAU
Umas das expressões mais usadas pelos mogimirianos, tanto antiga como atualmente, é pronunciada na forma simplista “tiau”, significando para nós “até logo” ou “até mais”. Mas na Itália, onde essa palavra surgiu como “ciao”, ela é usada tanto na saída como na chegada. Vem do termo veneziano “schiavo” e que significa em português “escravo”. Portanto, quando você, amigo leitor, disser tchau, em última análise está dizendo “sou seu escravo”!
“PODE TIRAR O CAVALO DA CHUVA”
No período imperial e início do republicano, o cavalo era o rei do transporte em Mogi Mirim, como também em todo o interior brasileiro. Não usava combustível, não quebrava ou fundia o motor e estava sempre à disposição. Nos antigos tempos, quando um cavaleiro ia visitar alguém, deixava clara sua intenção: se amarrasse o cavalo na frente da casa, era sinal de que ia permanecer pouco tempo; se levasse o animal para um lugar protegido do sol ou da chuva, era indício de que ia demorar. Quando a visita ameaçava se levantar para ir embora, o dono da casa costumava dizer. “Pode tirar o cavalo da chuva! Ou seja, o anfitrião queria que o visitante ficasse mais um pouco para papear e colocar os assuntos em dia, acompanhando um cafezinho, um trago de aguardente ou até um almoço ou jantar. Enfim, antigamente era um bom negócio “tirar o cavalo da chuva”!
Túnel do TEMPO
Em 1º de janeiro de 1947 o município de Mogi Mirim possuía 2384 propriedades agrícolas, sendo 869 na sede, Mogi Mirim, e outras em distritos.
Preceitos Bíblicos
“A lei do Senhor é perfeita, é conforto para a alma. O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes”. (Salmo 18)
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
(últimos exemplares)
A escravidão e o abolicionismo Regional
(esgotado)
Memórias Mogimirianas – Volume 1
(últimos exemplares)
Memórias Mogimirianas – Volume 2
(últimos exemplares)
Memórias Mogimirianas – Volume 3
Memórias Mogimirianas – Volume 4
(futuro lançamento)
Pontos de venda
– Banca da Praça Rui Barbosa – Mogi Mirim
– Papelaria Gazotto – Centro – Mogi Mirim
– Papelaria Carimbo Expresso – Mogi Mirim
– Papelaria Abecedarium – Centro – Mogi Guaçu
– Livraria e Papelaria Papiro – Mogi Mirim