As congadas antigas em Mogi Mirim eram a manifestação festiva dos escravos e alforriados. Os registros mostram que, em nossa cidade, os escravos eram autorizados pelos seus donos a participar dessas festas e estes faziam questão de vesti-los com belas roupas e joias caras de ouro.
Por orgulho ou ostentação, queriam ver seus cativos se destacando nos desfiles, aplaudindo e torcendo por eles. É sempre triste imaginar o sofrimento dos escravizados e o quanto os escravocratas foram cruéis e desumanos. Porém, são fatos que não podemos fugir e, aqui, contamos um pouco mais sobre este período de nossa história.
O auge das festas da congada acontecia no ‘Dia de São Benedito’ quando, em torno da igreja desse patrono, desfilavam centenas de participantes e sob os aplausos do povo mogimiriano, iniciando logo após a celebração das missas e procissões na Igreja de São Benedito.
Com o rufar de tambores africanos, a congada geralmente acompanhava a procissão de São Benedito que saía da igreja e percorria as ruas Paissandu, Direita (atual Dr. Ulhôa Cintra), Padre Roque, Largo da Matriz, Dr. José Alves e outras vias do Centro.
Abrindo o desfile, vinham o rei, a rainha, o embaixador, o secretário e os príncipes, estes armados de espadas. Meus avós contavam que o rei da Congada era sempre o velho Malaquias, o secretário era o ex-escravo Tio Augusto. Ignácio Brandino era o líder dos príncipes e a velha africana Tia Rosa, agregada da família Gurjão Cotrim, foi por muitos anos a rainha da congada, trajada com belas roupas, joias de ouro e colar de esmeraldas e diamantes, tudo cedido, para a tal festa, pela família Gurjão Cotrim.
Os participantes das congadas dançavam, cantavam, simulavam combates com espadas, numa coreografia que arrebatava o público mogimiriano, que batia palmas pelo espetáculo de cores e sons. No final do desfile, todos os participantes iam cumprimentar os festeiros de São Benedito, os padres e as autoridades de Mogi Mirim.
Segundo contaram meus queridos avós e bisavós, a tradição das congadas permaneceram até 1911, quando o então vigário da Paróquia São José, Monsenhor Moysés Nora, proibiu essas manifestações dizendo que eram antireligiosas. A proibição foi atacada pelos participantes e pelo povo, pois a palavra dos padres constituía um grande poder numa cidade em que a religião católica era seguida por mais de 90% da população. A última Congada em Mogi Mirim ocorreu em 1911, no ‘Dia de São Benedito’, e foi mais uma tradição que se perdeu na cidade.
PRECEITOS BÍBLICOS
“Meu Deus, quero exaltar-vos ó meu Pai e bendizer o vosso nome pelos séculos. Todos os dias haverei de bendizer-vos e hei de louvar o vosso nome para sempre. O Senhor é meu amor fiel em sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou”. (Salmo 144)
TÚNEL DO TEMPO
Em 1958, Mogi Mirim possuía oito estabelecimentos bancários: Banco Comercial do Estado de São Paulo, Banco Moreira Sales, Banco do Estado de São Paulo, Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina (INCO), Banco Artur Scatena, Banco Federal de Crédito, Caixa Econômica Estadual e Caixa Econômica Federal.
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
(últimos exemplares)
A escravidão e o abolicionismo Regional
(esgotado)
Memórias Mogimirianas – Volume 1
(últimos exemplares)
Memórias Mogimirianas – Volume 2
(últimos exemplares)
Memórias Mogimirianas – Volume 3
Memórias Mogimirianas – Volume 4
(futuro lançamento)
Pontos de venda
– Banca da Praça Rui Barbosa – Mogi Mirim
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