O Creas (Centro de Referência Especializado em Assistência Social) “Apoena”, em parceria com a SAS (Secretaria de Assistência Social) de Mogi Mirim realizaram, no último dia 23 de março, uma ação de combate à violência praticada contra mulher.
O ato faz parte das atividades que lembram o dia 8 de Março, “Dia Internacional da Mulher”. Foram entregues panfletos informativos para quase 100 mulheres que passaram pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Zona Leste e também pela portaria da Santa Casa. O objetivo da ação foi estimular a população mogimiriana a utilizar os principais canais de denúncia da violência contra a mulher.
Os organizadores também esperam sensibilizar a comunidade para que familiares e vizinhos sejam solidários àquelas pessoas que precisam de apoio para superar uma situação de violência praticada pelo parceiro.
De acordo com estudos recentes, em momentos de crises econômica, natural ou sociopolítica, as mulheres sofrem ainda mais violência praticada pelos parceiros. Geralmente, as agressões estão associadas ao desemprego, piora da saúde mental e ao aumento do consumo de álcool.
O isolamento social e a frustração dos homens também contribuem para aumento de violência contra mulheres. Ainda de acordo com esses estudos, a maioria das mulheres agredidas é negra (65,6%) – contra 29% de brancas – tem idade entre 16 e 24 anos e com filhos (57,4%). Na maioria das vezes, a violência é praticada em casa (53,8%), na rua (17,6%) ou no trabalho (4,7%).
Também em cidades pequenas, como Mogi Mirim, a pandemia trouxe um aumento nos casos de violência contra as mulheres. Segundo estatísticas da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), referentes ao ano de 2020, as denúncias de casos como esses aumentaram em 20 % durante a quarentena, em comparação com o mesmo período de 2019.
Para combater essa “epidemia de violência”, a atual administração criou o chamado “botão do pânico”, um aplicativo para celular onde a mulher pode pedir ajuda, 24 horas por dia, à GCM (Guarda Civil Municipal). Paralelamente, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Segurança Pública, criou-se a patrulha “Maria da Penha”.
Esta unidade é composta por guardas civis municipais (homens e mulheres) especialmente treinados para atender a esse tipo de ocorrências. Desde sua implantação, a patrulha já atendeu dezenas de casos, socorrendo, monitorando e acompanhando as vítimas, inclusive orientando-as sobre medidas protetivas na Justiça.
Também vale lembrar que denúncias de violência contra as mulheres podem ser feitas pela delegacia eletrônica (delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br), Disque 100 (Governo Federal) ou Disque 181 (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), 3806-2945 da DDM, 3806-3193 da Guarda Civil Municipal e 190 da Polícia Militar.