sábado, novembro 23, 2024
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Índice de confiança do consumidor em queda no primeiro bimestre de 2023

Mensalmente, recebo os indicadores de confiança apurados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), da qual sou diretor e, neste primeiro bimestre, voltaram a cair, registrando quedas consecutivas.

Diante disso, o início de 2023 se consolida com incertezas na economia. O ambiente de negócios vive uma fraca intenção de consumo e um alto custo financeiro para as empresas, o que limita a expansão e o investimento do comércio.

A queda registrada pelo Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) foi de 1,4%, ao sair de 114 pontos, em janeiro, para 112,3 pontos, em fevereiro. Em relação a fevereiro do ano passado, o indicador recuou 3,8%.

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) caiu 3,2%, ao passar de 110,9 pontos, em janeiro, para 107,3 pontos, em fevereiro. O indicador recuou 4,7% em comparação a fevereiro do ano passado. Já o índice que mede as expectativas para contratação de funcionários caiu 2,3%, ao recuar de 120,5 pontos, em janeiro, para 117,7 pontos, no mês seguinte.

Esses números são claros e nos fazem entender que existe pouco espaço para os investimentos. Isso é resultado da queda da demanda, causado pelo alto endividamento dos consumidores somado aos elevados juros e inflação, reduzindo a disposição de compras das famílias e inviabilizando negócios no curto prazo.

Um ponto importante nas pesquisas são as condições dos estoques, que também caíram (-2,4%): de 114,5 pontos, em janeiro, para 111,8 pontos, no mês seguinte. Em relação a fevereiro do ano passado, houve um recuo de 7%. Esses dados mostram que o empresário passa por um momento delicado e que necessita de muito cuidado para não errar.

Ouvi do Thiago Freitas, economista da assessoria técnica da FecomercioSP, que as incertezas instaladas na economia exigem cada vez mais do empresariado um planejamento financeiro mais elaborado, a fim de garantir a solidez do negócio – seja pela administração do fluxo de caixa, seja pelo acompanhamento diário de todos os outros fatores que podem influenciar a performance da empresa.

“Vivemos num momento de avaliar cenários, de investir na busca de novos clientes, de realizar liquidações para melhorar o fluxo de caixa e de traçar planos, para evitar excesso de endividamento”.

Fiquem atentos, não só de festas vivemos, é preciso tratar os assuntos financeiros de nossas empresas com seriedade e buscar serenidade nas decisões. O empresário tem a necessidade de se qualificar cada vez mais, para manter seus ativos e seus funcionários na ativa.

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