quinta-feira, novembro 21, 2024
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Luiz Henrique: mais um rebaixamento na conta dele

É cada vez mais real o que o torcedor, infelizmente, esperava. O Mogi Mirim Esporte Clube de Luiz Henrique de Oliveira é sinônimo de vexames, derrotas e rebaixamentos. Com apenas três pontos em cinco jogos, o Sapão da Mogiana está muito perto de sofrer o descenso para o quinto nível do futebol estadual, que será criado a partir de 2024 pela Federação Paulista de Futebol (FPF).

Não bastasse a imagem do clube atrelada a escândalos e dívidas, culminando em nebulosas ações que fizeram a Justiça local penhorar e abrir processo de leilão do Estádio Vail Chaves, desportivamente ainda impressiona o tamanho da incompetência da diretoria escolhida por Rivaldo para lhe suceder e que “tomou posse” do Alvirrubro desde 2015.

Pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista, neste domingo, 28, o Mogi enfrenta o São Carlos. O jogo será no Estádio José de Araújo Cintra porque, mais uma vez, a diretoria não conseguiu obter os laudos exigidos pela FPF para jogar em Mogi Mirim. Assim, o vexame deve ocorrer longe do sagrado gramado da octagenária casa do futebol mogiano. O duelo com o São Carlos será às 10h e, com três pontos, ambos dividem a lanterna do Grupo 03, com o MMEC à frente pelo saldo de gols (-5 a -7).

E os dois rivais deste domingo estão abraçados na luta contra o rebaixamento para a futura “Quinta Divisão”, já que o regulamento prevê que os quintos e sextos colocados dos seis grupos da atual “Bezinha” caiam um degrau no futebol de São Paulo. Para evitar a degola é preciso tirar a vantagem que os rivais colocaram. O Mogi fez cinco partidas. Na estreia, perdeu por 1 a 0 para o São Carlos (fora). Depois, em Itapira (SP), derrota por 3 a 1 para o XV de Jaú.

No dia 7 de maio, caiu em Itapira, por 2 a 0, diante do União São João e, no dia 14, fez 2 a 0 sobre o Independente em Limeira (SP). Na segunda, 22, como mandante, perdeu em Amparo por 2 a 0 para o Grêmio São-carlense e agora inicia uma agonizante maratona para fugir da degola. Após duelar com o São Carlos neste final de semana, terá ainda o XV de Jaú (dia 4 de junho, às 10h, em Jaú), o União São João (dia 11 de junho, às 10h, em Araras), o Independente (dia 18 de junho, às 10h, em local a ser marcado já que o Vail Chaves deve seguir interditado) e o Grêmio São-carlense (dia 24 de junho, às 15h, em São Carlos).

Ou seja, joga mais vezes como visitante no segundo turno e precisa ultrapassar os rivais que hoje integram o G4. Na zona de classificação para a segunda fase, que também significa escapar, momentaneamente, da queda, hoje estão o XV de Jaú (12 pontos), São-carlense (10 pontos), União São João (8 pontos) e Independente (7 pontos). Ou seja, o Mogi está quatro pontos atrás da área que precisa para não ser rebaixado já na primeira fase.

Porém, se mantiver o retrospecto criado por Luiz Henrique de Oliveira e sua “Trágica Trupe”, o Mogi vai cair mais uma vez. Foi assim na Série B do Brasileiro de 2015, na Série A1 do Paulista de 2016, na Série C do Brasileiro de 2017, na Série A2 do Paulista de 2017 e na Série A3 do Paulista de 2018.

E também na Série D de 2018, quando não havia degola prevista, mas a desclassificação tirou o clube de uma sequência de sete anos com calendário nacional. Foi com Luiz Henrique de Oliveira que o Sapão deixou de ter uma temporada no profissionalismo pela primeira vez em 42 anos e, ao que tudo indica, voltará ao seu mais baixo nível no futebol paulista desde 1978, quando jogou a quinta divisão, até mesmo, contra um rival local, o extinto Clube Atlético Mogiano, que, à época, mandou seus jogos no Paulistão no Estádio Distrital Angelo Rottoli (Tucurão).

Com a “Trágica Trupe”, o Mogi interveu a lógica de Juscelino Kubitschek e andou 50 anos para trás em cinco. E, agora há sete anos neste pesadelo, corre o risco de voltar a uma condição vista apenas antes do profissionalismo. E olha que, entre as décadas de 1940 e 1950, ao menos no nível amador, o Alvirrubro era respeitado. O que, infelizmente, não se pode dizer hoje em dia…

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