Nos últimos 20 dias a incidência de crimes tem aumentado em um grau assustador, gerando cada vez mais insegurança na população, que paga seus impostos e vê o domínio dos “fora da lei”. Não há hora ou local para os criminosos agirem e Mogi Mirim tem apresentado um deficit no combate.
A falta de contingente é notória, seja na Polícia Militar, para a prevenção, ou pela Polícia Civil, para a realização de investigações e elucidações dos casos. E é importante ressaltar que, nos últimos anos, a cidade tem passado por uma expansão de seu território urbano e também populacional e o contingente policial não aumentou, muito pelo contrário.
Mogi Mirim, que já teve pelo menos quatro delegados, atualmente está com apenas dois. Quanto à Polícia Militar, em outros tempos, se via muito mais viaturas em patrulhamentos, além das motos da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas). Hoje é algo que habitualmente só acontece quando há operações, o que até tem sido constante.
Outro fator que cooperou para a insegurança está ligado à Guarda Civil Municipal (GCM), que viu reduzido o seu patrulhamento preventivo já que, nos últimos 20 dias, as ações da corporação foram diminuídas em consequência de ações que, inclusive, levaram três gcm’s à prisão em um caso que ainda gera revolta em inúmeros munícipes.
Desde então, os guardas que, em 60 anos de história sempre fizeram muito pela cidade, passaram a ter a função minimizada, basicamente, a proteger o patrimônio público. Tudo para que não ocorra novas ações que prejudiquem os gcm’s, mesmo que decisões em instâncias elevadas da Justiça têm compreendido o papel fundamental das guardas na defesa dos seres humanos e no combate ao crime.
Porém, contra fatos, não há argumentos. Hoje vamos mencionar aqui crimes ocorridos nos últimos dias, lembrando sempre que inúmeros casos acabam não sendo registrados pelas vítimas, seja por falta de crença de que os mesmos serão resolvidos, por dificuldades em realizar os registros ou, muitas vezes, para que não sejam expostos. Mas isto só acaba por prejudicar as estáticas e faz com que menos recursos sejam destinados. Então, povo mogimiriano: registrem! Faça o boletim de ocorrência, seja por roubo, furto, estelionato ou qualquer ato pelo qual se sentiu inseguro ou tenha sido lesado, já que a segurança é obrigação dos governantes.
Ousados
A audácia dos criminosos que vêm agindo em Mogi Mirim se supera a cada dia. Na manhã de sexta-feira, 25, homens armados invadiram uma concessionária de veículos e, com armas em punho, renderam funcionários para roubar uma camionete Hilux. De acordo com uma das vítimas deste crime, dois desconhecidos chegaram ao estabelecimento demonstrando intenção de solicitar informações. Porém, quando receberam atenção, eles sacaram armas, anunciando o roubo.
Na noite anterior, um funcionário de uma fazenda na região das Chácaras São Marcelo foi vítima de uma quadrilha que, armada, invadiu a propriedade e promoveu uma limpa, roubando insumos agrícolas, moto e armas, em uma ação que ultrapassou em mais de R$ 250 mil o valor de bens levados. Estes são apenas dois fatos. Há ainda o aumento de furtos de hidrômetros e fios, casos quase que diariamente registrados. É muita violência! Passou da hora de exigirmos e brigarmos pelo que temos direito.
