Com filhos praticamente adultos, tive o privilégio de participar de duas homenagens de Dia das Mães. Em 20 anos de maternidade, sendo que foram para a escola com um ano, certamente já foram mais de trinta apresentações e ainda me emociono como na primeira.
Desta vez, em um determinado momento do evento, puderam escolher usar a fala e, como em casa todo mundo é bem tímido (rsrsrs), claro que o fizeram. E é isso que quero dividir aqui. Tanto a Gabi quanto o Neto ressaltaram que uma das minhas principais características é estar envolvida com quem me cerca e o quanto eu abro mão de mim por eles, principalmente deixando de lado a vida profissional.
Embora sejam observadores, quem plantou este conceito foi o Alisson. Curiosamente, é ele, desde o início, o grande responsável pelo sustento, por matar os leões na rua, enquanto eu comprava o botão para a atividade da escola ou me embrenhava no pediatra buscando solução para aquela tosse chata da noite. Ao invés de usar isso contra, sempre fez questão de dizer a todos o quanto admirava que uma mulher nova como eu “enfiasse a vida no saco pela nossa família”.
E, de certa forma, eu absorvia isso como verdade. Por vezes tinha dó de mim ou me sentia pequena demais diante desse mundo de executivas maquiadas de salto alto prontas a tomar decisões certeiras ou de “Glórias Marias” tão livres por aí. Mas de um tempo para cá isso estava indigesto, não fazia sentido com minha verdade.
Eu não abri mão da minha vida por eles. Eles são minha vida. É isso! Não foi um sacrifício. Foi e ainda é um privilégio conviver tão perto. Não existe nenhum outro lugar no mundo que eu quisesse estar que não fosse rotineiramente ao lado deles. De nenhuma outra forma poderia ser mais feliz.
E agora, como estão cada vez mais independentes, eu posso fazer novas escolhas, sem me violar. Voltei a estudar e me joguei no empreendedorismo. Estou extremamente confiante no processo e isso graças a toda a experiência adquirida em administrar uma família. A medida do sucesso é um coração em paz!