O Brasil é um país em que é cada vez mais difícil defender óbvios direitos. Uma das classes que mais carece dessa atenção é a trabalhadora e, na próxima segunda-feira, dia 1º de maio, vamos celebrar mais um Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador. É, mais uma vez, urgente refletirmos sobre as condições que a nação oferece para a margem que sustenta o país.
Afinal, é graças aos atuais trabalhadores ativos que é possível recolher os impostos destinados àqueles que já cumpriram suas missões e estão merecidamente aposentados. Bem como, são esses trabalhadores que sustentam crianças e adolescentes ainda fora da idade para estar no mercado, bem como também, por conta do que recebem e gastam, fazem a roda da economia girar, garantindo possibilidade de crescimento para o país.
E logo no início deste texto é importante fazer uma distinção. Quando falamos em classe trabalhadora não tratamos apenas aqueles cujo esteriotipo indica pertencer a ela. Falamos de milhares e milhares de empreendedores. Sim, nós, as pequenas e médias empresas, somos meros trabalhadores, mão de obra barata em um sistema em que “meia dúzia” detém o capital. Oras, quantos empreendedores são milionários? E bilionários então?
Com exceção dos “podres de rico”, que, muitas vezes, pouco colocam a mão na massa e se enriquecem pura e simplesmente por deter o dinheiro para investir, a gigante maioria dos brasileiros é formada por uma classe trabalhadora. Que acorda cedo e dorme tarde independentemente de ser dono ou não do negócio. Recolhemos caros impostos, atitude que muitas vezes os poderosos bilionários sonegam e lutamos todos os dias para garantir uma vida digna.
Mas, sabemos. Não é fácil viver dignamente com um salário mínimo, não? Precisamos de tempo para descansar e, por isso, a jornada de no máximo 40 horas semanas é tão importante. E, claro, férias. O 13º salário e certas estabilidades também são fundamentais para quem não tem a segurança de uma conta bancária obesa, cheia de gordura que pode ser perdida em um dia de “mau humor” do mercado financeiro ou de uma crise como a das Lojas Americanas, que perdeu R$ 40 bilhões em poucos dias.
Nesse navio, a maioria dos patrões dormem no mesmo pavimento que os empregados, enquanto raros são os que estão nos quartos de luxo deste transatlântico chamado ‘Brasil’. Conscientes de que precisamos de mãos dadas para crescer, que possamos unir forças entre as mais diferentes funções da classe trabalhadora mogimiriana em busca de um crescimento sólido. Até porque, mais gente bem empregada significa mais gente gastando, mais dinheiro girando e todos mais próximos de uma vida próxima da dignidade ao final de mais um dia suado de trabalho. Feliz Dia do Trabalhador a todos!
