segunda-feira, outubro 14, 2024
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A mulher e o automobilismo

Com o Dia Internacional da Mulher se aproximando, a discussão sobre a participação feminina no esporte automotivo está em alta. Enquanto a W Series e a Extreme E oferecem oportunidades para mulheres competirem, ainda há uma clara falta de representação feminina nos escalões superiores dos esportes a motor. Por quê?

Há muitas razões possíveis, desde falta de apoio financeiro e profissional até a falta de ajuste para um esporte que historicamente foi projetado para homens. No entanto, a resposta é multifacetada e desafiadora, o que torna difícil encontrar a solução certa para inspirar uma nova geração de meninas a participar.

Para entender melhor essas barreiras, a Pesquisa Global More Than Equal, organizada pela Motorsport Network, está explorando a percepção dos fãs sobre a ascensão de uma estrela feminina no futuro. A pesquisa faz perguntas sobre a crença dos fãs em relação à capacidade física e espacial das mulheres, bem como sua determinação em correr rápido e forte. Também questiona se os fãs e patrocinadores apoiariam a ascensão de uma estrela feminina.

Catie Munnings, piloto da Genesys Andretti United na série off-road totalmente elétrica Extreme E, sabe em primeira mão os desafios que as mulheres enfrentam no esporte a motor. Ela começou a competir aos 14 anos no Campeonato Europeu de Rally antes de mudar para a Extreme E em sua temporada inaugural em 2021.

Munnings tem incentivado meninas a assumir o volante, mas, ao site motorsport.uol.com.br, apontou a falta de modelos femininos vencedores de campeonatos como um obstáculo significativo, onde as meninas não conseguem encontrar o caminho para emular.
Munnings explica que, quando começou a se envolver com diferentes organizações, como a campanha Dare To Be Different de Susie Wolff, as meninas não se viam como pilotos de Fórmula 1 porque não viam mulheres competindo no esporte. Elas pensavam que era uma regra proibindo mulheres de competir, quando na verdade qualquer pessoa pode competir independentemente do gênero.

“Acho que aos poucos, à medida que outros campeonatos introduziram mais mulheres, está se tornando um pouco mais conhecido que é uma opção”, acrescenta Munnings. “O esporte feminino realmente cresceu, com o futebol feminino e o rugby feminino nos últimos anos, seria bom para o automobilismo vê-lo da mesma forma. Não é só a Fórmula 1, é o rallycross, é o Mundial de rally, são todos os outros tipos de corrida que realmente existem, acho que ainda há aquela desigualdade de números no grid de largada”.

Embora haja muito trabalho a ser feito para aumentar a representação feminina nos esportes a motor, é encorajador ver as oportunidades crescentes para as mulheres no setor. Com mais apoio financeiro, profissional e cultural, a esperança é que as meninas de hoje se sintam encorajadas a perseguir seus sonhos de se tornar pilotos de corrida no futuro.

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