Engenheiros, agrônomos, geocientistas e tecnólogos terão a oportunidade de eleger novos representantes este ano nas eleições do Sistema Confea/Crea e Mútua, formado pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia de cada Estado e pela Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas. A chance não é apenas de escolher aqueles que irão presidir as autarquias, como também pode representar um novo momento para as profissões.
Engenheiro de Telecomunicações, empreendedor e gestor de empresas, Vinicius Marchese acredita que a inovação tem papel fundamental nesse processo. Presidente do Crea-SP por dois mandatos (de 2019 a 2021 e, o atual, de 2021 a 2023), ele implementou no Conselho paulista uma série de projetos que alavancaram o reconhecimento das profissões e que têm contribuído de forma significativa para a consolidação de uma autarquia mais participativa nos assuntos de interesse da sociedade.
“Em um país continental, sabemos que as demandas são regionais. Mas, existem pontos de encontro entre elas e quando falamos de Engenharia, Agronomia e Geociências, esses desafios estão na regularização das profissões, capacitação e valorização dos profissionais, na geração de valor e na expansão de iniciativas que não fiquem restritas à área tecnológica, oferecendo soluções e benefícios para os serviços públicos”, defende Marchese.
Durante o tempo que esteve à frente do maior Conselho profissional da América Latina, o engenheiro liderou uma transformação que otimizou os serviços do Crea-SP e as relações com os diferentes públicos, das entidades representativas da classe aos universitários que ainda nem ingressaram no mercado de trabalho.
São ações que se perpetuam e mostram resultados, como o aumento de 1.600% no total de operações de fiscalização realizadas no estado de São Paulo; o programa de estágio visita que inseriu os estudantes em uma imersão na autarquia; a criação de uma rede estadual de unidades de coworking totalmente dedicados à área tecnológica; fora a atenção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e às principais tendências em empreendedorismo e inovação.
“O Crea-SP é um exemplo de que é possível superar as dificuldades burocráticas que, até pouco tempo atrás, impediam o serviço público de avançar e ser equiparado com iniciativas privadas”, conta o engenheiro.
“São coisas básicas que precisam ser repensadas no Sistema como um todo, porque a lei que regulamentou as nossas atividades, do Confea e Creas ao profissional na ponta, existe desde 1966. Só que as coisas não são mais as mesmas”, completa. Para reverter o cenário e levar essa cultura transformadora para todo o Brasil, Vinicius tem como plano cinco frentes baseadas em: fiscalização, atendimento, valorização, inovação e expansão.
O candidato não está sozinho nesta missão. Enquanto ele pleiteia a posição no Conselho Federal, um time o apoia em São Paulo para dar continuidade aos trabalhos. Liderada por uma mulher, a engenheira Lígia Marta Mackey, que poderá ser a primeira presidente eleita no Crea-SP, a chapa é formada ainda por Daniel Robles, concorrendo a conselheiro federal, e Renato Archanjo e Ronaldo Santos, a diretores geral e administrativo da Mútua-SP, respectivamente.
“As conquistas alcançadas nos últimos anos só foram possíveis graças ao engajamento de todos. Essa mesma união é o que vai nos manter na trilha de fortalecimento da área tecnológica, com uma gestão que ouve e compartilha com os profissionais, defendendo os direitos mais fundamentais, como o piso salarial e o justo mercado de trabalho”, argumenta Lígia. A votação das eleições 2023 do Sistema Confea/Crea e Mútua acontece no dia 17 de novembro, das 8h às 19h, de forma on-line pelo site www.votaconfea.com.br.
