terça-feira, outubro 22, 2024
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Os oito cemitérios de Mogi Mirim – Parte 1 – Nº 779

Desde a sua fundação oficial, há 272 anos, a cidade de Mogi Mirim possuiu oito cemitérios. Atualmente só existe (além do Colina das Flores, que é particular) o Cemitério da Saudade, no Bairro do Tucura e com abertura em 1898.

Antigamente os cemitérios eram administrados pelas igrejas mogimirianas e pertencentes a elas. Foram quatro cemitérios com essas características, dois cemitérios administrados pela Câmara Municipal e dois cemitérios administrados pela Prefeitura de Mogi Mirim, totalizando oito “Campos Santos” mogimirianos nos últimos 272 anos. Baseado em documentos antigos que pesquisei, o resultado é o seguinte:

1º CEMITÉRIO – LARGO DA MATRIZ
Em 1751, no dia 1º de novembro, e quando foi inaugurada a Igreja Matriz de São José de Mogi Mirim, a Paróquia de São José providenciou a abertura do primeiro cemitério oficial da cidade. Por que oficial? Simplesmente porque os corpos dos falecidos eram sepultados nos terrenos das residências das famílias, fossem na cidade ou nos sítios e fazendas da época! Assim acontecia anteriormente em Mogi Mirim.
Para terminar com essa prática absurda, mas comum nos tempos antigos, a Paróquia de São José abriu o primeiro cemitério da cidade, em pleno centro da povoação, no local então denominado “Largo da Matriz”, a atual Praça Rui Barbosa, defronte à lateral direita da Igreja, correspondente, na atualidade, ao espaço em que hoje existe o Coreto e o círculo de palmeiras imperiais.

DESCRIÇÃO DO PRIMEIRO CEMITÉRIO
O segundo vigário da Paróquia de São José, Padre Antônio Xavier de Mattos, em 6 de agosto de 1754, anotou no Livro do Tombo da Paróquia informações sobre esse cemitério:

“O adro que se lhe consignou e benze para cemitério, consta de quarenta e cinco passos, caminhando desde a porta principal para o poente, e de outros quarenta e cinco passos desde a parede do templo para o sul, e, de igual medida, do outro lado e parede para o norte. Tudo segundo os termos e divisas de pedra, que foram fixadas e se mostram patentes no mesmo adro, quase fazem a mesma demarcação para a parte da nascente”.

Um passo equivalia a um metro e, assim, o cemitério possuía 2.025 m² e o equivalente a um quarto da atual Praça Rui Barbosa. Nesse antigo e pioneiro cemitério e que funcionou de 1751 a 1878, 127 anos, foram sepultados nossos primeiros moradores e os fundadores bandeirantes de Mogi Mirim.

Seus restos mortais ainda estão sepultados a sete palmos sob nossos pés, visto que, na época, não se costumava remover os corpos para outro local. E, ali, então, até hoje, centenas de restos mortais estão sob o piso do jardim.

PRECEITOS BÍBLICOS
“O filho insensato é uma desgraça para o pai e um gotejar contínuo de contendas da mulher. Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu animo se exalte demais”. (Prov. 19)

TÚNEL DO TEMPO
Em 21 de setembro de 1922 faleceu em Mogi Mirim, no Bairro da Santa Cruz, Durbina Lima. Ela nasceu em 1808, na África, e tinha 114 anos de idade. O dr. Arthur Candido de Almeida atestou que a causa da morte foi marasmo senil, isto é, Durbina morreu de velhice! COM 114 ANOS DE IDADE!

Livros – História de Mogi Mirim e Região

Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
(últimos exemplares)
A escravidão e o abolicionismo Regional
(esgotado)
Memórias Mogimirianas – Volume 1
(últimos exemplares)
Memórias Mogimirianas – Volume 2
(últimos exemplares)
Memórias Mogimirianas – Volume 3
Memórias Mogimirianas – Volume 4
(futuro lançamento)

Pontos de venda

– Banca da Praça Rui Barbosa – Mogi Mirim
– Papelaria Gazotto – Centro – Mogi Mirim
– Papelaria Carimbo Expresso – Mogi Mirim
– Papelaria Abecedarium – Centro – Mogi Guaçu
– Livraria e Papelaria Papiro – Mogi Mirim

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