Dando continuidade à nossa série, iniciada na edição de 14 de abril, cuja parte 2 foi publicada no dia 21, o quinto cemitério mogimiriano foi aberto em 1858, localizado na antiga Igreja de São Benedito.
O triste preconceito racial da época, em Mogi Mirim, proibia o sepultamento dos escravos nas necrópoles dos brancos e, por esse motivo, foi criado o cemitério de São Benedito, administrado pela Igreja.
Anteriormente os escravos falecidos eram sepultados em terrenos da cidade e dos sítios e fazendas. Esse campo santo funcionou até 1888, quando foi decretada, no dia 04 de março, a abolição mogimiriana e, em 13 de maio do mesmo ano, a abolição brasileira, com a Lei Áurea.
CEMITÉRIO DA RUA VIRA COPO
A antiga Rua do Vira Copo, atual Rua Padre Roque, passou a ter também seu cemitério, o sexto da cidade de Mogi Mirim, no ano de 1864. Foi aberto em caráter provisório pela Câmara Municipal, devido aos demais estarem com poucos espaços disponíveis. Funcionou durante poucos anos e calcula-se que abrigou cerca de uma centena de corpos. Esse campo santo localizava-se no terreno que hoje abriga o prédio da secretaria e adjacências da Escola Estadual Coronel Venâncio. Por esse motivo, e durante muitos anos, seus alunos eram chamados de “cata ossos”.
CEMITÉRIO MUNICIPAL DA RUA PADRE ROQUE
O sétimo cemitério de Mogi Mirim foi o terceiro de caráter provisório e administrado pela Câmara. Aberto no ano de 1867, funcionou até meados de 1898, quando foi desativado. Alguns restos mortais foram transladados em 1899 para o atual Cemitério da Saudade. No local desse antigo cemitério, estão o Fórum da cidade e o jardim adjacente.
CEMITÉRIO DA SAUDADE
O oitavo e último cemitério público de Mogi Mirim é administrado pela Prefeitura e ocupa grande área localizada no bairro do Tucura. Foi aberto em maio de 1898 e calcula-se estarem sepultados nesse local cerca de 60.000 corpos, depois de 125 anos de abertura. É o maior cemitério que a cidade teve e sua grande área atualmente está quase totalmente ocupada por sepulturas, indicando ser necessário, em breve, desapropriações ao seu redor ou um novo local. Existem dois tombamentos municipais: a rua com paralelepípedos que conduz a entrada do cemitério e parte do muro de taipa centenário existente à esquerda do cercamento. Na capela do cemitério estão sepultados um padre e Antônio de Araújo Cintra, o Barão de Cintra, na parede, à esquerda.
RESUMO
Essa é a história resumida dos oito cemitérios públicos que Mogi Mirim abrigou em sua existência, contendo restos mortais dos antigos bandeirantes fundadores, personalidades diversas e pessoas falecidas em diversas épocas.
LEIA MAIS
Os oito cemitérios de Mogi Mirim – Parte 1 – Nº 779
Os oito cemitérios de Mogi Mirim – Parte 2 – Nº 780
PRECEITOS BÍBLICOS
“Irmãos: Vós todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. Vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo, herdeiros segundo a promessa”. (São Paulo aos Gálatas 3, 26-27-29)
TÚNEL DO TEMPO
Por volta de 1860 e substituindo o batuque, chegou nas senzalas mogimirianas o SAMBA, trazido por escravos provenientes da Bahia. O novo ritmo e com nuanças musicais envolventes, foi a grande alegria dos cativos de Mogi Mirim com suas rodas de samba.
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
(últimos exemplares)
A escravidão e o abolicionismo Regional
(esgotado)
Memórias Mogimirianas – Volume 1
(últimos exemplares)
Memórias Mogimirianas – Volume 2
(últimos exemplares)
Memórias Mogimirianas – Volume 3
Memórias Mogimirianas – Volume 4
(futuro lançamento)
Pontos de venda
– Banca da Praça Rui Barbosa – Mogi Mirim
– Papelaria Gazotto – Centro – Mogi Mirim
– Papelaria Carimbo Expresso – Mogi Mirim
– Papelaria Abecedarium – Centro – Mogi Guaçu
– Livraria e Papelaria Papiro – Mogi Mirim