sábado, novembro 23, 2024
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Domotik Arquitetos: As lições de uma arquitetura sustentável

Thiago Garcia não nasceu em Mogi Mirim, mas já construiu boa parte da vida aqui. A dele e para muitas pessoas. Nascido em Manaus (AM), chegou a Mogi a trabalho e é formado pela Universidade de Taubaté.

Está há 17 anos na área e possui referências que vão desde o brasileiro Roberto Loeb a nomes importante no cenário arquitetônico internacional, como o belga Stéphanie Beel, o português Álvaro Siza e o japonês Tadao Ando.

Responsável pela Dominik Arquitetos, cujas atividades começaram em 2012. E o arquiteto não esconde de ninguém. Dentro da área que escolheu, o segmento que mais ama é Projetos Sustentáveis.

“Pensamos que o espaço projeto precisa ser sustentável e ser sustentável não significa apenas colocar lâmpadas Leds. Ser sustentável significa que o espaço projetado é funcional, não polui, gera energia própria, reaproveita a água de forma eficaz e atende os requisitos de conforto humano. Isso são premissas básicas de um projeto sustentável”, detalha o profissional, que é mestre pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorando pela Unicamp na área de Conforto Ambiental e Sustentabilidade. Além de tirar planos do papel para as construções, Thiago edifica novos profissionais para a área. E, em sala de aula, costuma falar que existe muito prédio que deveria ser enquadrado como crime ambiental.

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“Acho que a arquitetura tem seu papel socioambiental perante a sociedade. Arquitetura não é invadir áreas preservadas, é educar e respeitar os locais verdes preservados, morar perto na natureza não significa destruí-la”.

Thiago diz ainda que, através de uma arquitetura sustentável, é possível mudar a nossa forma de consumo. “Hoje em dia, em países mais conscientes, as pessoas plantam o que comem, preservam suas nascentes de águas, geram sua própria energia. Tudo isso sem agredir o meio ambiente. Mas sou otimista, estamos a passos lentos desta cultura, mas acho que chegaremos lá um dia”.

Com esta visão ampla e positiva, leciona nos cursos de Arquitetura das Faculdades Maria Imaculada, em Mogi Guaçu e na Universidade Mackenzie, em São Paulo. “Sou professor desde 2007. Comecei a lecionar em Manaus e nunca mais parei. É um vício, sou apaixonado em lecionar”. Nestes giros da vida, ocupa hoje um espaço em que, antes, estavam as suas referências.

Projetos podem ser conferidos nas redes sociais, como o Instagram

“Quando se é aluno existe aquela curiosidade de conhecer os limites projetuais, a inocência e utopia do mundo perfeito e nesse ponto a arquitetura ajuda a sonhar. Quando se é professor, acredito que nosso papel não seja interromper estes sonhos acadêmicos, mas mostrar quais são as regras do jogo. Aí surge o outro lado da curiosidade, a do professor, que é explorar a capacidade do aluno sem tirar o estimulo. Me fascina ensinar”.

A vida humana é um prédio em eterna construção. Tanto é que a paixão de hoje teve suas sementes plantadas lá atrás, em algo que ele sequer relacionava ao que hoje é uma bela missão. “Conheci um pouco sobre a arquitetura em uma aula de Geografia, na quinta série. Foi uma aula cujo tema falava sobre espaço e lugar, aquilo me fez olhar a cidade de outra forma”.

Na prática, porém, chegou à arquitetura por aqueles caminhos que são desenhados sem que consigamos perceber. “Eu acredito que somos escolhidos pela profissão. Existe uma certa complexidade em trabalhar o ego humano com os espaços e creio que foi exatamente isso que me levou a trabalhar com arquitetura, fazer com que cada pessoa tivesse uma experiência de vida dentro do espaço projetado”.

Nome completo: Thiago Garcia
Empresa (as): DOMOTIK ARQUITETOS
Início das atividades da (das) empresas: 2012
Cidade natal: Manaus-AM
Se não nasceu em Mogi Mirim, o que a (o) trouxe para cá?: Trabalho
Instituição de formação em nível superior: UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Outras formações acadêmicas: Mestre pela Universidade de São Paulo e Doutorando pela UNICAMP na área de Conforto Ambiental e Sustentabilidade.
Ano de formação: 2004
Tempo de atuação na área: 17 anos
Segmentação dentro da arquitetura que mais gosta: Projetos Sustentáveis
Quais as referências profissionais na sua área (pode ser até mundial)?: Roberto Loeb (Brasil); Stéphanie Beel (Bélgica); Álvaro Siza (Portugal); Tadao Ando (Japão).

O POPULAR: Entre a infância e a adolescência, há algo que lembra que possa já estar te inclinando à arquitetura?
Thiago: Conheci um pouco sobre a arquitetura em uma aula de Geografia, na quinta série. Foi uma aula cujo tema falava sobre espaço e lugar, aquilo me fez olhar a cidade de outra forma.

O POPULAR: Na prática, o que te levou a estudar arquitetura?
Thiago: Eu acredito que somos escolhidos pela profissão. Existe uma certa complexidade em trabalhar o ego humano com os espaços, e creio que foi exatamente isso que me levou a trabalhar com arquitetura, fazer com que cada pessoa tivesse uma experiência de vida dentro do espaço projetado.

O POPULAR: Quais foram as principais dificuldades no momento de ingressar no mercado de trabalho?
Thiago: Acho que a primeira e mais comum dificuldade é a falta de experiência. Trabalhei em diversos segmentos da arquitetura no começo, cada lugar havia sua dificuldade peculiar. Outra dificuldade é a velocidade com que as informações do mercado se transformam, acho que isso ainda é uma dificuldade pra todos os profissionais da área.

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O POPULAR: O que você considera ser mais apaixonante na arquitetura e que te faça trabalhar com prazer?
Thiago: Acho que a capacidade de poesia em forma de espaço. Poder criar espaços que proporcionem experiências de vida, sentimentos sensoriais e sociais. Acho que isso torna um pouco da profissão mais leve.

O POPULAR: Que tipo de serviços um cliente pode contratar de um arquiteto?
Thiago: O leque é enorme! Arquitetos são capazes de criar desde um guarda-chuva até uma casa submarina (sim, elas existem!). Na verdade, somos habilitados em criar relações entre pessoas, espaços e objetos, isso nos tornas profissionais muito versáteis, são inúmeras as área de especialização: residências, indústrias, aeroportos, aviões, estádios, cidades, etc.

O POPULAR: Você atua como arquiteto sustentável. Pode nos falar o que define este diferencial e, exatamente, de que forma contrasta com os arquitetos convencionais?
Thiago: Pensamos que o espaço projeto precisa ser sustentável e ser sustentável não significa apenas colocar lâmpadas Leds. Ser sustentável significa que o espaço projetado é funcional, não polui, gera energia própria, reaproveita a água de forma eficaz e atende os requisitos de conforto humano. Isso são premissas básicas de um projeto sustentável.

O POPULAR: Qual a importância da arquitetura sustentável em um planeta cada vez mais abalado pelas mudanças climáticas e que vê vozes se levantarem contra a defesa do meio ambiente e até ministros da área envolvidos em casos de crimes ambientais?
Thiago: Eu costumo falar em sala de aula que tem muito prédio existente que deveria ser enquadrado como crime ambiental. Acho que a arquitetura tem seu papel socioambiental perante a sociedade. São através de bons projetos, que interajam com as pessoas, podemos criar situações de convívio muito mais saudáveis. Arquitetura não é invadir áreas preservadas, é educar e respeitar os locais verdes preservados, morar perto na natureza não significa destruí-la. Através de uma arquitetura sustentável, podemos inclusive mudar a nossa forma de consumo, hoje em dia, em países mais conscientes, as pessoas plantam o que comem, preservam suas nascentes de águas, geram sua própria energia, tudo isso sem agredir o meio ambiente. Mas sou otimista, estamos a passos lentos desta cultura, mas acho que chegaremos lá um dia. 

O POPULAR: Como você, que não foi criado aqui em Mogi Mirim, enxerga o momento atual do nosso urbanismo? Quais os pontos positivos que herdamos no desenho da cidade e quais os pontos negativos neste contexto?
Thiago: Mogi Mirim possui um urbanismo clássico, misturas herdadas de Portugal e Espanha, o desenho da cidade deixa isso bem claro. Acho que os pontos positivos da cidade é uma tentativa de criar eixos verdes na cidade, a cidade de alguma forma preserva sua mata ciliar, isso cria uma certa poesia urbana. Já sobre os pontos negativos, creio que falta uma política urbana de expansão, falta um plano diretor com objetivos mais claros. Não podemos deixar que o crescimento da cidade seja definido por caprichos de governantes que decidam o crescimento em uma única gestão. Um plano diretor com propósitos sérios e pensando em toda a população é necessário e urgente, isso ajuda a não permitir  que um crescimento descontrolado na cidade, como ocorre atualmente.

O POPULAR: Você teve um projeto de destaque em Manaus. Poderia falar mais sobre ele?
Thiago: Na verdade, tive uma breve passagem em Manaus, mas consegui fazer parte de projetos de habitação de interesse social pelo governo do Amazonas, isso foi uma grande experiência com certeza. Participe de projetos de urbanização de favelas e remoção de palafitas na cidade, esta experiência mostrou os quantos de problemas sérios de saneamento e moradias precárias têm pelo país afora. Ali percebi que é papel social do arquiteto saber projetar para todas as classes sociais, a arquitetura pode ajudar a melhorar a vida das pessoas.

O POPULAR: Além desta atuação, você ainda leciona. Como é para você ter vivido estes dois lados, de aluno e agora de professor? Aliás, há quanto tempo e onde leciona?
Thiago: Atualmente sou professor dos cursos de Arquitetura das Faculdades Maria Imaculada, em Mogi Guaçu e na Universidade Mackenzie em são Paulo. Sou professor desde 2007. Comecei a lecionar em Manaus e nunca mais parei, é um vício, sou apaixonado em lecionar. Quando se é aluno existe aquela curiosidade de conhecer os limites projetuais, a inocência e utopia do mundo perfeito e nesse ponto a arquitetura ajuda a sonhar. Quando se é professor, acredito que nosso papel não seja interromper estes sonhos acadêmicos, mas mostrar quais são as regras do joga, ai surge o outro lado da curiosidade, a do professor, que é explorar a capacidade do aluno sem tirar o estimulo, me fascina ensinar.

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Endereço: Rua Professora Alayde de Silva Mello, 154 | Jardim Patrícia – Mogi Mirim

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